Atividades Blocos Lógicos: Treinar o Raciocínio e a Concentração

Cores, Formas e Espessuras….Atividades que permitem estimular e desenvolver o Raciocínio e a Concentração das Crianças

Constituído por 48 peças de cores, formas e tamanhos diferentes, os blocos lógicos podem ser feitos pelo próprio professor, usando papel e papelão. O conjunto é composto de quatro formas (circular, quadrada, retangular e triangular); três cores (azul, vermelho e amarelo); dois tamanhos (grande e pequeno); e duas espessuras (grosso e fino).

No papel azul recortam-se as quatro formas geométricas em tamanho pequeno, depois em tamanho maior. As mesmas formas devem ser reproduzidas e recortadas em papel também azul e mais grosso, como o papelão. Repetir esses procedimentos com papéis finos e grossos de cores vermelhas e amarela. Ao final, teremos 12 círculos, 12 quadrados, 12 retângulos e 12 triângulos.

A partir do uso desse material, podem ser desenvolvidas várias atividades para ajudar os professores a observarem os alunos frente a situações novas, que exigem raciocínio e capacidade de argumentação. Os blocos lógicos podem ser dados a crianças de diferentes faixas etárias, e recomenda-se que o professor vivencie antecipadamente os jogos, para que se sinta seguro durante a sua aplicação.

É recomendado também ao professor que trabalhe individualmente com os alunos com dificuldades, incentivando as crianças e o professor que trabalhe individualmente com os alunos com dificuldades, possibilitando aquelas que têm mais facilidade de assimilação a auxiliar na aplicação dos jogos em grupos, desenvolvendo assim o seu espírito de solidariedade. É primordial que em nenhum momento o professor recrimine um aluno por suas respostas erradas no jogo. Ele deve fazer com que a própria criança perceba sua falha e tenha oportunidade de corrigir o erro. Caso o aluno não perceba onde errou, o professor deve lançar a questão para a classe, fazendo com que os alunos se conscientizem da necessidade de estarem atentos durante o desenvolvimento do jogo, para poderem resolver todas estas questões.

  1. Jogo livre– O professor distribui as peças para as crianças manuseá-las – descobrindo por si suas características – e classifica-las por cores, formas, espessuras e tamanhos.
  2. Cozido– Neste jogo, o professor poderá avaliar o grau de compreensão e assimilação pelos alunos das propriedades das peças. “Vamos fazer um cozido bem gostoso, e aqui temos os ingredientes”, diz o professor, mostrando as peças. “Quem pode dar uma batata grande?”, pergunta ele, aceitando qualquer peça grande. “Vamos ver quem me dá, agora, uma cenoura?”, indaga, recebendo qualquer peça vermelha. Perguntas vão se sucedendo, até que o professor consiga, mantendo o interesse do grupo, e com muita imaginação, compor um suculento cozido de peças diferentes.
  3. Cópia simples– uma criança monta a figura que desejar com algumas peças. Em seguida, pede-se a outra criança para copiar a mesma figura, observando a disposição das peças. No caso de existir apenas um conjunto de peças (o que impede a cópia por falta de peças), o professor pode sugerir que a figura seja reproduzida em tamanho ou espessura diferente.
  4. Cópia com transformação– neste caso, a criança que vai copiar a figura montada por outra tem que transformar uma das características. Exemplo: toda vez que aparecer uma peça grande, deve substituí-la por uma pequena, conservando as outras propriedades. Ou fazer uma substituição de cor.
  5. O salta-poças– O jogo começa com o professor contando uma história que contenha o tema poças. Exemplo: “Olavo foi brincar na rua logo após a chuva forte. Como a rua estava cheia de poças, ele resolveu dar nome a cada uma delas. Agora vocês vão formar as poças usando peças do conjunto”. Inicialmente, o professor deve introduzir a atividade pedindo para que o grupo forme cada poça com várias peças que tenham uma característica em comum. Feitas as poças, pede-se para uma criança dar um nome para a primeira delas, baseada na característica comum das peças que a formam. Exemplo: a poça dos azuis; ou dos triângulos. Outras crianças são chamadas para dar nomes às demais poças e, quando todas tiverem um nome, o professor pode pedir para que um aluno acrescente um pouco mais de água (uma peça) na próxima poça. A peça colocada deverá seguir a característica original da poça.
  6. Determinação por um só atributo– O professor minta alguns conjuntos de peças que se diferenciam pela forma. Em seguida marca com giz, no chão, vários conjuntos vazios para serem preenchidos com peças que correspondam aos conjuntos anteriormente formados. As crianças vão recebendo a atribuição de distribuir os quadrados, os triângulos e assim por diante. Em seguida, ele separa seis formas diferentes e pede para cada grupo observa-lo distribuindo entre os conjuntos. A classe será orientada a bater palmas a cada peça colocada no conjunto errado. Depois de colocar algumas peças corretamente, o professor deve enganar-se propositalmente, para observar a atenção dos alunos.
  7. Serpente com uma diferença – Para este jogo o aluno já deve ter compreendido que para cada duas peças lógicas há pelo menos uma diferença. Um aluno coloca uma peça dando-lhe a função de cabeça da serpente. As outras deverão continuar a sequência de modo que a antecedente tenha apenas uma característica diferente. Ou seja, a segunda peça deverá ser diferente da primeira apenas uma característica, e assim por diante. Exemplo: círculo grande, amarelo e grosso; triângulo grande, amarelo e grosso; triângulo, pequeno, azul e grosso; triângulo grande, azul e grosso; e retângulo grande, azul e grosso.
  8. A peça escondida– O professor dispõe as peças de forma que estejam visíveis para os alunos. O próprio professor, de olhos vendados, pede para que uma criança retire uma peça e a esconda. Caberá ao professor descobrir a peça escondida, fazendo perguntas ao grupo. Exemplo: Ela é vermelha? É grande? Quando a peça for descoberta o professor cede o lugar para outra criança e o jogo continua.
  9. Adivinhação – Formam-se dois conjuntos de peças de acordo com uma característica comum. Uma criança sai da sala e, ao voltar, tem que descobrir qual foi a peça adicionada aos conjuntos, fazendo perguntas para a classe.
  10. Torre com três diferenças– As crianças constroem uma torre, de tal modo que a peça de cima deverá ter três características diferentes da de baixo, e assim sucessivamente.
  11. Jogo da negação– O professor mostra uma peça e pede para que as crianças digam tudo o que ela não é. Vendo um círculo azul, grande e fino, por exemplo, as crianças devem dizer que ele não é quadrado, não é retangular, não é triangular, não é grosso, não é pequeno, não é amarelo e não é vermelho.
  12. O princípio da contradição– A classe deve ser dividida em dois grupos e as 48 peças distribuídas de forma aleatória. Após a divisão, cada grupo deve tentar ganhar, do adversário, uma peça que não possui. Só terá direito à peça desejada o aluno que nomear as quatro características dela. Caso enumere as características de uma peça que seu grupo já possui, o jogador perde a oportunidade da jogada. Ganha o jogo o grupo que, ao final, conquistar o maior número de peças. O professor deve estipular um prazo para a duração da disputa.

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